Por que as metodologias ativas?

As duas. Trabalhos cada vez mais para “números” e isso fazem com que as cobranças por bons resultados se intensifiquem em períodos curtos de tempo. Em contrapartida, a modernidade também nos cobra essas mudanças. Com novas tecnologias digitais de informação e comunicação, a dinâmica da sala de aula tem se transformado. E a necessidade de um novo olhar sobre os processos de ensino e aprendizagem coloca as metodologias ativas no centro do debate.

Sendo o exercício da práxis uma constante na minha docência, foi a partir dela que me deparei com as metodologias ativas. Ao mesmo tempo, muitas pesquisas já sinalizavam a urgência e necessidade de se romper com as metodologias tradicionais e assim adequar a educação a uma sociedade que se apresentava diferente, com novos moldes e novos sujeitos aprendentes. O que no início se tratava de descobertas oriundas de um movimento de práxis docente, com o tempo, devido ao avançar dos estudos sobre metodologia ativas no campo da educação, se tornou uma imposição das escolas e a solução para todos os problemas de ensino-aprendizagem.

Comecei a estudar e utilizar metodologias ativas na tentativa de motivar e engajar mais meus/minhas alunos/as. Após alguns anos como professora, comecei a me incomodar com a forma como as minhas aulas eram conduzidas, com estratégias um tanto quanto mecânicas e pouco motivadoras. Meu foco parecia, algumas vezes, estar mais na maneira como eu ensinava do que nas diferentes maneiras que meus/minhas alunos/as aprendiam. E na tentativa de entender melhor essas diferentes formas de aprender e de envolvê-los/las mais no seu própria processo de aprendizagem foi que as metodologias ativas passaram a fazer parte da minha prática de forma mais consciente e sistemática.

Hahaha! Boa pergunta!

Na verdade quando percebi estava imerso nessa realidade, nunca fui de me autoavaliar e ficar pensando nas práticas cotidianas, só deixo acontecer.

O que funciona vai ficando, e se aparece algo que possa ser produtivo é incorporado. Então pensando bem foi uma imposição do meio, afinal, pra todo lado que se olha tem algo relacionado a metodologias ativas, principalmente depois do período de aulas remotas. Claro que elas já existiam mas ficavam restritas a alguns nichos educacionais. Quando só nos restou um caminho a seguir elas se tornaram protagonistas no processo de ensino e aprendizagem.

As metologias ativas proporcionam uma mudança de abordagem no processo ensino aprendizagem, uma vez que o professor deixa de ensinar pelo método dedutivo e passa a utilizar um método indutivo. No método dedutivo o professor mostra as teórias para o estudante poder aplicar, enquanto no método indutivo o professor provoca reflexões e surgimento de hipóteses para depois desenvolver um conceito.

Meu interesse pelas metodologias ativas surgiu como meios para motivar, e engajar os estudantes na sala de aula, fazendo com que haja sentido na educação e que não sejam apenas um trabalho.

A terminologia "aprendizagem ativa" começou a ser utilizada e debatida pelo professor inglês R.W. Revans ainda na década de 1930. Estudos apontam que as metodologias ativas de ensino em si surgiram na década de 1980. William Glasser e sua pirâmide de aprendizagem foram um dos grandes precursores das metodologias ativas

E hoje é uma realidade em sala de aula!