As metodologias ativas em prática

Nós professores lidamos com um problema recorrente que é a evasão escolar, problema esse social crescente e complexo, que compromete diretamente o desenvolvimento da educação no país. As metodologias ativas vêm ajudando a diminuir esse número, transformando o aluno em um agente principal – protagonista, na mudança do seu ser social. Com a pandemia essas mesmas metodologias atribuíram significados novos a docência. A metodologia de rotação por estação, é uma bem presente em meus planejamentos de aula, de forma com que ela contribui diretamente no processo de ensino e aprendizagem, além de melhorar a fixação do conteúdo; diminui a sobrecarga do professor com disciplina em sala de aula; estimula o protagonismo do estudante; desenvolve o espírito de cooperação. Assim, o espaço (escola/sala de aula) se torna mais atrativo.

Já experimentei algumas dessas estratégias e as que mais gosto são a Sala de Aula Invertida, a Rotação por Estação e Gamificação. São estratégias que, no geral, motiva e engaja os estudantes.

A Sala de Aula Invertida possibilita que os/as alunos/as se tornem protagonistas do seu aprendizado pois precisam encontrar estratégias para estudar o conteúdo em casa. Uma vantagem importante que vejo nessa estratégia é o fato do tempo em sala de aula ser dedicado para as atividades práticas, pois os/as alunos/as se preparam teoricamente em casa e em sala de aula tem a possibilidade de fazer trocas, negociações e, nas atividades práticas sanar dúvidas e colocar em prática os conhecimentos adquirimos.

A Rotação por Estação, que combina diferentes espaços e ferramentas, otimiza a aprendizagem a partir da oferta de diferentes possibilidades. Os/As alunos/as trabalham em grupos pequenos, passando por diferentes estações. Essas estações abordam o mesmo conteúdo de diferentes maneiras, o que aumenta a possibilidade de construção do conhecimento em foco. Ademais, nessa estratégia, o/a professor/a fica mais "livre" pra fazer intervenções mais pontuais com pequenos grupos ou individualmente, enquanto os demais estudantes trabalham em grupos e compartilham/negociam o conhecimento entre si.

Na Gamificação utilizamos técnicas comuns dos games nas atividades e processos educacionais. Normalmente, a motivação e engajamento já estão garantidos já que estamos falando de um tipo de linguagem (a dos jogos) tão presente na vida dos/as nossos/as alunos/as. É uma estratégia que melhora a motivação, desenvolve novas habilidades impactando positivamente na produtividade dos/as alunos/as.

Tenho testado essas estratégias nas minhas aulas e elas estão ganhando meu coração pois percebo que impactam positivamente na minha práxis e na aprendizagem dos meus/minhas alunos/as.

Hoje estou como diretor de escola, mas sou professor de Sociologia e História. Nas minhas aulas gostava de fazer com que os alunos fizessem uma leitura do conteúdo a ser estudado, dividia a sala em grupos, e aplicava algumas perguntas sobre o tema. Os grupos se interagiam bem por meio das inferências em relação a essas perguntas, eu fazia intervenções necessárias, e geralmente havia muitas participações, notava o interesse dos alunos em conhecer o que foi proposto. Acho que isso é metodologia ativa, meio que aplicava sem saber.

Trabalho em uma unidade escolar em que todos os anos os alunos participaram de um congresso, eles estavam habituados a receber tarefas relacionadas ao evento. Então quando começamos a preparação para o mesmo fui recibo com a pergunta, o que vamos fazer esse ano? A reposta foi: " Não sei, vocês é que vão me dizer, o tema gerador é sustentabilidade, e esse é assunto do qual já falamos anteriormente, então vocês vão me dizer o que podemos mostrar ao público a esse respeito."

Ficaram chocados, e pareceriam perdidos, em duas semanas tinham um plano de ação completo, e eu só aparei arestas. No dia do evento fizeram uma palestra sobre o tema e ainda apresentaram uma maquete de uma usina eólica, que funciona, a comunidade escolar.

A tal maquete foi o único material do congresso daquele ano a não ser descartado pela escola.

Sim Waldivino, temos estrátegias com muitas potencialidades, muito obrigada pela contribuição.

A primeira vez que utilizei uma metodologia ativa nem ao menos sabia que ela existia ou mesmo tinha esse nome. Planejei uma aula proporcionando um momento de levantamento de hipóteses e investigação para que os alunos, intuitivamente, apresentassem conceitos e definições. Percebi que o interesse do aluno é um ponto de observação desse tipo de método. O aluno que não engaja na busca de informações fica um tanto quanto perdido. Acredito que a chave está na intenção pedagógica do professor em transformar o estudo em algo diversificado e atrativo, mas também no interesse do aluno.

Sala invertida- disponibilizei o conteúdo com antecedência, de modo que o tempo em sala de aula foi otimizado e o aluno chegou preparado para interagir e realizar atividades relacionadas ao conteúdo. A estratégia foi bem sucedida pois os alunos registraram maior participação e o conteúdo ficou mais aderente.

Trabalhar com língua espanhola é maravilhoso, especialmente empregando novas metodologias. Inovação é sempre muito bem vinda.

Além das que você citou, contribuo com mais algumas:

Aprendizagem entre pares: os alunos aprendem juntos e se ajudam mutuamente.

Cultura Maker: os alunos aprendem fazendo, construindo e criando coisas.

Storytelling: o uso de histórias para ensinar conteúdos.

Estudos do meio: os alunos aprendem fora da sala de aula, em ambientes diferentes.

Essas são algumas, complementando sua lista !